Esqueça o zelador que nas horas vagas é eletricista. Reformas nessa área precisam da supervisão de um especialista
Verdade seja dita: quando pensamos em reformas nas instalações elétricas sempre aparece uma ajudinha milagrosa para fazer a famosa gambiarra. O resultado é quase sempre ruim, já que o improviso pode colocar em risco a segurança do condomínio.
Planejamento é a palavra de ordem para qualquer reforma e as instalações elétricas merecem atenção especial. Se for preciso reformar toda parte elétrica é preciso elaborar um novo projeto.
“É preciso analisar o projeto elétrico anterior para verificar até que ponto a instalação sofreu alteração. As áreas comuns do condomínio precisam ser avaliadas por um profissional técnico ou engenheiro. Nesse aspecto, as regulamentações do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea) estabelecem que o dimensionamento das cargas deve ser realizado por profissionais técnicos legalmente habilitados com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”, diz o Professor do Centro de Capacitação em Tecnologia da Loja Elétrica, João Carlos Lima.
Parece simples, mas não é. Basta um mero descuido e a segurança está comprometida. E um dos maiores riscos nesse caso são os incêndios. Se for comprovado que o síndico foi negligente durante a obra, ele será responsabilizado.
Respeito à norma – Com base na norma 16.280 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a emissão da ART pelo engenheiro responsável faz com que todas as responsabilidades técnicas caiam sobre ele. Por isso, a presença desse profissional é tão indispensável durante o projeto. E muita atenção: para qualquer reforma, é preciso ter um laudo técnico.
“Para garantir a segurança é preciso que todos respeitem a norma. Não podemos mais confiar em qualquer pessoa para esse tipo de reforma, é muito complexo. A maior dificuldade é quando a instalação é antiga. No caso, são as condições em que estão os eletrodutos e as calhas que protegerão toda fiação elétrica. Na maioria dos casos, aconselho a troca desses materiais. E isso demanda tempo e planejamento”, explica o Engenheiro Eletricista da AW Elétrica, Paulo Roberto Amoroso.
Não é só por beleza e conforto, a iluminação adequada complementa a segurança do edifício. A entrada e as áreas comuns precisam ser bem iluminadas, garantindo a visibilidade no caso de ocorrer um incidente dentro do condomínio. As luzes de emergência também não podem ser esquecidas.
“Para reduzir o consumo de energia existem os sensores de presença, minuterias e os relés fotoelétricos que fazem o controle automático das lâmpadas. Isto faz com que as lâmpadas funcionem apenas com o movimento dos moradores”, afirma Lima.
Sem projeto, o que pode dar errado?
– Aumento do consumo de energia
– Cabos elétricos indevidamente dimensionados, podendo causar superaquecimento na fiação elétrica
– Curto-circuito na instalação, com risco iminente de incêndio
Materia: http://icondominial.com.br/blog/iluminacao-sem-gambiarra/